quarta-feira, 30 de julho de 2008

Meus antecedentes criminais

Bom dia pessoas!
Ontem fechei mais uma etapa difícil desse processo: meus antecedentes criminais estaduais. Pra quem não sabe, eu morei nos EUA durante 1 ano e 3 meses, o que me obriga a também ter que apresentar um documento de antecedentes criminais nos EUA. Como eu acreditava, eu realmente não sou nenhuma criminosa! Oba! Hehehe. Mesmo sabendo que esse é um documento que deve ser apresentado somente na etapa seguinte a entrevista, resolvi providenciar logo como prevenção para possíveis imprevistos. Uma dica para as pessoas que já moraram nos EUA por mais de 6 meses e pensam em imigrar pro Quebèc: são dois documentos de antecedentes criminais! O primeiro (que, no meu caso, eu já tirei) é tipo um documento federal que você deve pedir ao FBI e, o segundo, você tira num police department do estado que você morava. Esse segundo eu não consegui achar uma maneira de fazer online, quem me ajudou foi um amigo que morava lá. Enviei a ele minhas impressões digitais e ele foi à polícia e deu entrada no documento. Depois de um tempo (longo graças à adorável greve dos correios) esse documento me foi enviado diretamente pra minha casa. No caso do documento federal, dá pra fazer via correios (se Deus quiser que não tenha mais greve). No site eles têm um link para um formulário onde você coloca suas impressões digitais e outro formulário para o pagamento de uma taxa. É só imprimir, tirar as impressões digitais (dica: pra sair melhor, tire com alguém que saiba. Pode ser na Polícia ou outro órgão onde se tire as impressões digitais) e enviar para o endereço que eles apresentam no site. No momento não me lembro do link, mas providencio mais tarde pra ele aparecer aqui.
É isso ai pessoas!
C´est comme ça. Good luck for those who need and até amanhã aos que verei.

domingo, 27 de julho de 2008

Le début

Bem, essa é a parte que eu digo o que diabos faço aqui. Vejamos...acho que aqui não é o espaço pra resumos, serei mais detalhista. Eis a história: um dia desses, eis que meu então namorido (leia-se Diogo) resolveu -por obra do destino- que precisava estudar inglês. Até ai tudo bem, o problema veio quando ele anunciou que não queria fazer nenhum curso na nossa cidade. A cidade escolhida? Não baby, era um país! Bem, visto que eu não achava uma idéia razoável à época (leia-se: não aceitava, não queria, não dava pra ser, não, não, não, tire isso da sua cabeça), sentamos e fritamos nossos neurônios em busca de uma melhor solução para esse pequeno problema. E fritamos mesmo, pois acabamos decidindo imigrar pro Quèbec! Antes que alguém pense, a resposta é não, essa conversa não foi regada à álcool ou qualquer outra droga (a gente nem assistia televisão!). É, talvez tenhamos conversado demais sem beber água...desidratação é uma possibilidade. O caso é que chegamos a conclusão clichê, mas mesmo assim não menos triste de que o Brasil sucks (é gente, a conversa foi longa). Até hoje eu me pergunto como conseguimos atravessar tantos assuntos e pular do tópico "estudar inglês" para "putz, Recife tá foda, bora embora daqui?". Eu já disse aqui que Recife tá foda? Pois tá mesmo. Se alguém que tiver lendo isso pretende morar aqui, vá pra Natal. É menos violento e, diga-se de passagem, muito mais bonito. Por conta desse plano complexo e radical já faz 1 ano que eu e- deixa eu atualizar o status- meu M-A-R-I-D-O estudamos francês, a língua dos amantes e dos presidentes que se casam com cantoras modelos. Diogo é analista de sistemas e eu sou quase totalmente psicóloga (se é que existe isso), pois só me formo final desse ano. Sou estagiária da clínica da Unicap e amo o que faço. Eu não espero que o Canadá seja the holy land que a Bíblia descreve, acho que lá deve ter muita sacanagem também. Onde tem ser humano tem sacanagem, afinal quem não quer dinheiro? Tirando os monges, o resto do mundo. Tem até doido que gosta de uma notinha pra rasgar de vez em quando, né não!? Obviamente que, dentre os que responderam sim para essa pergunta, há o grupo seleto daqueles que colocariam até a mãe no ebay se esse tipo de comércio desse lucro. Eu acredito que esses grupos estão em todos os países, inclusive o Canadá. O que eu espero do Canadá não é a erradicação da corrupção ou um país modelo. Quero tranquilidade, poder fazer coisas complexas como andar de meio-dia na rua e falar no telefone (É, Recife tá foda), ter a sensação que há vagas de emprego em cargos bons pra quem não conhece nimguém influente e, especialmente, o grande clichê que resume tudo isso: qualidade de vida. É pedir demais? Obviamente que ainda há outras exigências mais, digamos, da ordem do não muito essencial como ter um apple, comprar um honda e um ipod touch, mas isso fica no rabo da lista. Enfim, estou me esforçando como nunca para ser mais uma contribuinte canadense. Pra mim francês não é uma língua difícil, é fácil como chupar manga, assobiar e andar de patins emcima de uma rede tentando aparecer graciosa e elegante. Como diz lady kate:" força na peruca!" Quem sabe depois desse desafio eu até consigo aprender japonês? Eu sempre quis conhecer Tóquio, é uma oportunidade. Bem, pra finalizar, quero dizer o porquê da escolha do nome "tropcanadians". O trop vem de tropical e o canadians é só olhar no dicionário porque é muito difícil explicar agora.
Optei por esse nome porque acho que, mesmo que consiga imigrar, falar o simplório idioma francês e parecer uma afro-canadense (sim, eu sou negra!), eu ainda vou odiar o frio, procurar o sol todos os dias da minha vida (pense numa necessidade!), sentir o coração apertado ao mero som do português, achar que fruta boa é fruta brasileira (só quem já morou fora sabe o valor de uma banana brasileira), juntar uns trocados pra sempre visitar meu berço e sentir saudades dessa gororoba deliciosa que todo mundo quer sair mas queria ficar: O Brasil.

Voilà, C´est comme ça. Good luck for those who need e até amanhã aos que eu verei.

Obs: Confissão pública: Recife fede, é violenta e um ovinho de codorna, mas eu amo esse lugar. Sim, eu sofro da síndrome do bairrismo, mas é numa escala controlável.